Das palavras, dos sentidos, das coisas proibidas.
Escrevamos então um último poema.
Onde as armas se calam e o corpo se renega
beijemos com bocas de lobo aguardando a aurora.
De pé, ereta e imune a todos os desafios horizontais
num uivo que rasga, numa febre que se assume.
Afinal, basta apenas esta língua
que tudo fala, tudo desvenda, tudo canibaliza.
© Margarida Piloto Garcia in-"SOB EPíGRAFE"-TRIBUTO A FERNANDO PESSOA- publicado por TEMAS ORIGINAIS- 2018
© Foto de Alberto Bezzanca
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