Medir o abismo
com as mãos abertas
desdobrá-lo
parti-lo em mil pedaços
e voltar a colar.
Ou achar a distância
entre a importância de estar viva
e o tempo que se vai esgotando.
Nada de métodos científicos
ou ideias transcendentes.
Apenas uma solidão útil a servir
de bitola aos dias sem graça.
Aos poucos perdem-se todas as guerras
mesmo que te esforces para confundir
a vida , ou será a morte?
Contra o peito, medes o abismo
e ficas a pensar como será cair.
©️ Margarida Piloto Garcia.- in CONEXÕES ATLÂNTICAS VI-publicado por In-Finita 2021
©️ Foto de Masoud Mirzaei
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