Espera-me logo.
Levo a seda vermelha
a escorregar-te nas mãos.
Levo os olhos impúdicos
grávidos do vício do teu corpo.
Podes vendá-los e arrepiar-me a pele
com dedos eruditos mas selvagens.
Cega-me as mãos com nós de veludo
e depois, louco e voraz,
suga com a boca a raíz do prazer líquido
a bordar-me a pele em gotas translúcidas.
Submete-me julgando-te poderoso e vencedor.
Mas não te enganes! Entre os meus e os teus gritos
só tu és o cativo.
Margarida Piloto Garcia
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