sábado, 16 de novembro de 2019
À poesia
É o teu som que oiço na brisa matinal
despertando epopeias na pele dos meus sentidos
Arrulha o pássaro no reverso de mim
a instigar palavras para quebrar e dançar em teclas.
Agora a fonética corre lasciva da mente aos dedos
metamorfoses por trás da retina, versos saciados
a beberem as células do pensamento em fusão.
A imaginação atropela-me o corpo em sons
que se fundem num impensável ou predestinado
poema, prosa , acto de amor eterno.
Mordo as palavras com os sons que despertam
mesmo que seja noite, ou o inverno se mascare de verão.
Os espasmos dos risos ou dos beijos
são versos gritados a escorraçar silêncios
que vagueiam durante o dia, espessos como nevoeiro.
No fim amo-os nos sons que crescem dentro de mim
No fim amo-te a ti, poesia.
© Margarida Piloto Garcia.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário