Morrias
em manhãs odoríferas grávidas de imaginação.
Morrias
nas tardes espúrias e pálidas que a nada chegam
Morrias
singrando as noites estultícias e afundando a vida.
Na tua boca as palavras expiraram
e os trechos cursivos estiolaram sem as tuas mãos..
De olhos voltados para dentro
estrangulaste sonhos e desejos.
Agora corro à procura do rio que sem pressas nem
destino
me leva a outras margens
e sondo-me na esperança de que o sentimento
me acenda
me varra
me sugue como um vampiro.
Enquanto isto, sem mesmo te dares conta
tu morrias-me
© Margarida Piloto Garcia
© Margarida Piloto Garcia
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